Tormentas

Um mês de viagem e ar rarefeito de literatura. Depois de dois anos e alguns meses de formação com o grupo, descubro que eu não os apaixonara. Sim, não consegui seduzir as almas mais duras com minha doce voz de sereia. Pouco adiantou ter insistido em uma série de leituras feitas no começo de todos os encontros; não adiantou perturbá-los com livros coloridos; não consegui trazer Ulisses para mim. O susto veio quando um deles me disse não ver sentido em ler textos literários para seu aluno, ainda mais sendo professor de outra área. Acredito na literatura e como o Rubens, companheiro de conversas sobre a vida, acredito na poesia. Mas uma vez não basta: outro alguém me diz que não dividiria o tempo da prova com os cinco minutos iniciais de leitura, existiam coisas mais importantes. Sim, tempos de tormenta em que descubro que o óbvio para mim não é tão simples para os outros...

Comentários

  1. Eu como amante da boa literatura e acreditando que isso além de repertoriar nossos meninos ainda os fazem viajar no mundo que colocamos a sua disposição a cada leitura realizada, trocaria vários momentos que são disperdiçados em sala de aula por esses de prazer literário.

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